E eis que vem ela com uma estória incrível, e o melhor dos amigos são as estórias, porque é o compartilhamento de sua vida. Foi a saga de umas ovelha, seu nome era Porcina, ela dizia tudo sobre a Porcina e a Porcina só dizia: “ Béeeeee”

...meu pai comprou a Porcina em janeiro com uma única motivação, ela ser o prato principal da ceia de natal. Mas Porcina não era uma ovelha comum, ela garrou amor nas crianças da família (bobinha né).

Quando as crianças iam para venda comprar doce la estava ela, pronta a convencer o Seu Adamastor  a vender Dadinhos ao preço de balas Soft, com apena um argumento: “Béeeeee”.

Porcina virou atacante do time de futebol das crianças, e dizem as boas língua que até Mané à respeitava: “ Os dribles de Porça eram geniais, ela só não foi escalada para seleção por puro preconceito”, palavras do mestre (em um dos seus momento de sobriedade). Porcina, menina muito modesta só dizia, “Béeeeee”.

E Porcina ouvia as confidências das crianças, porque crianças pecam, pecadinhos terrivelmente ingênuos. E  depois, leves dos seus pecados, elas faziam  de Porça  seu travesseiro, e dormiam em paz!

Mas eis que chegou o dia fatídico, 25 de dezembro, dia que suínos, bovinos, caprinos e algumas aves têm como o holocausto animal e Porcina cumpriu seu destino. Acompanhada de maçã, passas, farofa e batatinhas souté ela foi a estrela da noite.  No calor da euforia cristã gastronômica ela só teve tempo para protestar, “Béeeeee”.

...mas ela não comeu a ceia, nem as outras crianças, “ fomos para a cama com um mingau  de farinha Láctea e lágrimas! E esta foi mais uma estória triste de natal! hehehe